quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Função Pública (II)

Ontem foram anunciadas algumas das propostas para a negociação anual da Função Pública. Os aumentos pedidos ficam entre os 3,5% e os 5%, embora todos estejam à espera de 1% ou 1,5%. O subsídio de refeição foi pedido que subisse para os 6€ embora também ninguém acredita que descole dos actuais 3,5€. Há três anos, trabalhava eu no privado e já ganhava isso, os 6 €) de subsídio de refeição. Isto representa que muito poucos funcionários acreditam que esta negociação tenha alguma implicação positiva nos seus futuros. Isto é grave em termos de motivação, dinamismo e iniciativa, palavras muito apregoadas mas menos utilizadas.

Escrevo estas palavras numa altura em que alguns colegas meus ainda esperam por uma “ponte” no dia 6. Confesso que acho a gestão destas situações um sinal de instrumentalização e infantilização da Função Pública. Para mim ou não se dava “ponte” nenhuma (a justificações são sempre incipientes) ou, no caso de serem concedidas, deviam ser planeadas anualmente e anunciadas previamente. A ideia de gozar feriados em dias que não os respectivos também não me parece fazer grande sentido. O que acontece nos dias de hoje é resultado de uma total incapacidade da Função Pública para gerir os seus recursos humanos e aí estas “pontes” serem atribuídas casuisticamente e quase como rebuçado aos “meninos bem comportados”.

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