sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Fim da História

A revista História está suspensa ou encerrou (depende das notícias e versões).
O fim dos subsídios ditaram este triste fim.
Confesso que tenho sentimentos cruzados em relação à revista. Fui assinante durante um ano e chegou para curar-me. Receber o especial sobre o 25 de Abril em Junho ou o número de Junho em Outubro não é uma forma de cativar novos assinantes.
Para além disso a revista transformou-se numa "coutada" ligada à Universidade Nova de Lisboa, a um departamento, quase a um mestrado. Nada contra, mas como é óbvio o mercado vai apertando e o público escasseia.
Existe uma petição para tentar salvar o projecto. Deixo a sugestão de mudar o projecto para poder salvá-lo.

2 comentários:

Anónimo disse...

Uma petição para quê?
Para chorar subsídios ao MC?
A revista História chega ao fim porque não tinha mercado. Só não terminou há mais tempo pelo facto do Rosas se ter empenhado na compra do título, adiando o fim. Cá em casa tenho as várias séries da revista, e apesar de tudo, as séries iniciais, com pior qualidade de papel, formato e grafismo tinham uma maior abrangência temática.
Esta última série, como bem dizes transformou-se num recreio do mestrado de história contemporânea da Nova, o que também não ajudou em nada.
De vez em quando espreito em Aveiro um quiosque que recebe perto de uma dezena de revistas ligadas à história e arqueologia, vindas de Espanha, França e Estados Unidos. A diferença é abissal. O grafismo é cuidado, a infografia e ilustração também. Os temas, dependem da especificidade de cada uma, mas procuram ser relativamente abrangentes, ou complementares quando os números são temáticos.
Acima de tudo, não têm a pretensão de serem revistas para académicos, no sentido de passarem a informação de forma hermética.
Ainda assim, tenho dúvidas que um modelo deste género funcionasse cá. O que temos de mais parecido, a National Geographic, já foi vendida ao grupo espanhol RBA, salvo erro, e esse é o motivo pelo qual continua a ser editado, caso contrário creio que também já teria sido cancelada.
Enfim, para ter mercado por cá uma revista de História deveria fazer uma abordagem tipo Nova Gente com títulos deste género: D. Manuel II comemora com Aquilino Ribeiro a pontaria afinada de Alfredo da Costa e Buíça!!!
Isto vendia!
Um abraço,
João Tiago Tavares

Anónimo disse...

O problema deste tipo de revistas é que regra geral representam lobbies ligados a faculdades ou grupos específicos... Até aqui nada contra desde que exista mercado para cada uma delas! Infelizmente isto não acontece por cá e por isso seria normal que uma revista como a "História" tentasse ficar com este mercado´; já que a sua possível concorrem mais directa a "Ler História" está focada noutro mercado. Suponho que o facto da "História" nunca se ter assumido claramente como uma publicação do Mestrado em História Contemporanea tenha dificultado a sua posição no mercado e talvez até dentro da própria faculdade. A opção por n.º temátios pouco abrangentes eliminava muitos leitores... eu e muitos amigos incluidos.
Infelizmente sempre que existe dinheiro fácil não falta quem queira aparecer... o pior é quando é necessário batalhar por apoios.
Talvez se fosse revista a linha editorial da publicação e se procurasse envolver mais a comunidade académica (aposto que não faltava quem estivesse interessado em colaborar tendo em conta o n.º de jovens lic.º desempregados) a revista ainda tivesse alguma hipótese de se manter no mercado. Estes espaços acabam sempre por se tornar em locais de ampliação de egos e de servir como catapultas para voos mais altos.