Docência e Letras
O recente concurso de professores lembrou-me o motivo pelo qual não segui a docência após a conclusão do curso. Compreendo as palavras da ministra, mas não consigo disfarçar uma certa tristeza pela forma como o país trata os seus recursos humanos qualificados. A ideia de que muitos são oriundos das áreas de Letras é opinião comum. Que não cabe ao Ministério da Educação resolver a situação também parece consensual, mas isso não iliba o governo que ao longo de muitos anos foi deixando proliferar os cursos sem qualquer ordenamento e controle. Na minha área contei 10 cursos de História, 3 de História da arte, 5 de arqueologia, 1 de Ciências Históricas e 1 de Ciências do Património, as vagas são mais de 600. O que vai fazer toda esta gente é uma incógnita, mas como dizia ontem Jorge Coelho muitos nunca vão trabalhar nas respectivas áreas. Portugal não devia desperdiçar assim recursos mas olhar para os cursos e fechar alguns é algo que requer coragem. Coragem não é uma das características mais comuns dentro do Ministério, deste ou do Ensino Superior.
2 comentários:
Está a decorrer o segundo passatempo com prémio do Atlântico Azul!
You are welcome to participate in the second quiz with prize of Atlântico Azul!
E que tal pôr os lic. em Hist. a organizar e a indexar os arquivos.
600 vagas por ano, não chegariam para as encomentas.
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