quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Apitos Dourados

O caso «Apito Dourado» voltou à actualidade depois já estar, quase, dado como morto. Primeiro foram as revelações da ex-mulher de Pinto da Costa. Aqui referi-me ao livro publicado pela senhora de forma irónica. Mais do que gozar com a desgraça alheia, o excerto e o tom da mensagem, mostravam o estilo da prosa e o tipo de revelações aí contidas. As ondas de choque chegaram à Procuradoria-Geral da República e, parece, fizeram avançar de novo o processo.

O futebol é um caso à parte na sociedade portuguesa. A única lista concorrente à Federação Portuguesa de Futebol incluía, até esta noite, dois procuradores envolvidos (pelo menos um directamente) na investigação destes casos e dois arguidos. Esta mistura aliada a outros casos, como o do presidente do Benfica, presidente da Académica e de José Veiga mostram como o futebol se foi tornando um território onde a lei própria não permitia intromissões e onde as regras são aplicada ao sabor de alianças, pactos e acordos que a maioria desconhece. Em Itália clubes poderosos desceram de divisão. Em Portugal tal nunca acontecerá, independentemente do que se apurar. Alguém quer apostar?

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